A suplementação infantil é um tema muito comum em conversas entre pais e tutores de crianças e que, frequentemente, gera muitas dúvidas e preocupações. Afinal, quando é ou não necessária a suplementação na infância? Qualquer criança pode receber suplementação ou é apenas em casos muito específicos? Só a alimentação adequada e balanceada não é o suficiente para a nutrição completa dos pequenos? 

Antes de respondermos a essas perguntas, é importante compreendermos o que, de fato, é a suplementação alimentar infantil e quando e como introduzir suplementos na dieta de uma criança para garantir seu desenvolvimento saudável. 

Pensando nisso, preparamos este artigo com as principais questões relacionadas à suplementação infantil, abordando desde os tipos de suplementos disponíveis até as recomendações de uso conforme a idade e necessidades específicas das crianças. Então, se você tem dúvidas sobre o assunto, confira nosso conteúdo até o final e descubra! 

Introdução à suplementação infantil: entenda a real necessidade dos suplementos e a importância do acompanhamento médico 

Antes de tratarmos diretamente sobre a suplementação infantil, precisamos entender primeiro o que é suplementação e qual a importância para a nossa alimentação. Afinal, a alimentação é o principal meio de obtenção dos nutrientes necessários para nosso corpo funcionar adequadamente. No entanto, certos fatores (tanto internos quanto externos) podem interferir na absorção desses nutrientes, levando a deficiências que podem prejudicar bastante nossa saúde. 

E é aqui que entram os suplementos alimentares

Conhecemos como suplementos alimentares produtos que fornecem nutrientes adicionais além daqueles encontrados em uma dieta normal. Por exemplo, vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos graxos e outros compostos necessários para manter a boa saúde, o bem-estar e a qualidade de vida. E a forma de consumo desses compostos de nutrientes pode ser em forma de cápsulas, comprimidos, pós e líquidos. 

Independentemente da forma de consumo, o que você precisa mais se atentar em relação aos suplementos é o tipo de nutriente, a quantidade e, claro, a frequência e real necessidade da suplementação. 

Isso porque, como o próprio nome já indica, esses produtos “suplementam” a alimentação, ou seja, completam aquilo que falta. Por isso, a suplementação é necessária (e muito importante) quando há falta de nutrientes específicos na dieta e que farão falta para o seu organismo. E é exatamente por isso que o acompanhamento médico na suplementação é fundamental! 

Suplementação na infância 

E para as crianças isso não é diferente. A suplementação surte nos pequenos os mesmos efeitos de uma suplementação alimentar adulta: fornecer os nutrientes que não podem ser absorvidos na dieta do dia a dia. Além disso, a suplementação alimentar infantil tem como principal objetivo garantir o crescimento e desenvolvimento saudáveis das crianças. 

Muitas vezes, os pais e tutores se perguntam se só as refeições diárias, por mais completas que sejam, não são suficientes para fornecer todos os nutrientes necessários. Mas antes de tudo, precisamos compreender que as deficiências nutricionais não são resultado apenas de uma alimentação pobre em nutrientes, mas às vezes podem estar ligadas a características fisiológicas das crianças, patologias e alguns problemas de saúde que dificultam a absorção. 

Por isso, a decisão pela suplementação vai muito além do que os responsáveis pensam ser a melhor escolha. É preciso orientação e acompanhamento médicos, além de uma série de exames que podem ajudar a identificar essas deficiências. 

Quando a suplementação pode ser necessária? 

Entendemos que a suplementação pode desempenhar um papel muito importante na manutenção da saúde e no suporte ao desenvolvimento durante a infância. No entanto, isso deve ser feito com cautela e de forma criteriosa. Afinal, nem todas as crianças precisam de suplementos. Em muitos casos, uma dieta variada e equilibrada é o suficiente para fornecer todos os nutrientes necessários. 

Há, entretanto, situações específicas em que a suplementação pode ser necessária para garantir que a criança obtenha todos aqueles nutrientes essenciais ao seu crescimento e bem-estar. E para te ajudar e entender quando a suplementação é necessária, citamos as causas mais comuns. 

Mas atenção: esse diagnóstico deve ser feito por um médico ou outro profissional da saúde especialista em nutrição! 

  • Deficiências nutricionais diagnosticadas: crianças que têm deficiência comprovada em determinados nutrientes, como vitamina D, ferro ou cálcio etc., podem precisar de suplementação para corrigir esse desequilíbrio. 
  • Dietas restritivas: além disso, crianças com dietas restritivas, como vegetarianas ou veganas, podem precisar de suplementos para garantir a ingestão adequada de nutrientes, como vitamina B12 e ferro. 
  • Condições médicas específicas: certas condições, como doença celíaca, fibrose cística ou alergias alimentares, podem afetar a absorção de nutrientes, o que torna necessária a suplementação. 

Conheça os tipos de suplementos para crianças e como escolher 

Conheça os tipos de suplementos para crianças e como escolher 

A escolha de suplementos deve sempre ser feita com cautela, especialmente para as crianças, com a orientação de um pediatra ou nutricionista. E algumas vezes até com base em exames! Isso porque a necessidade da suplementação, assim como a dosagem e formas de ingestão, deve variar conforme a idade, quadro clínico e necessidades nutricionais. 

No entanto, de uma forma geral, há alguns suplementos que lideram as recomendações e podem ser administrados na maioria dos casos: 

  • Multivitamínicos: para crianças que têm dietas restritivas ou são seletivas com os alimentos. 
  • Vitamina D: importante para a saúde óssea, especialmente para crianças que não se expõem ao sol regularmente ou têm uma dieta pobre em alimentos ricos em vitamina D. 
  • Ferro: necessário para crianças com risco de anemia, como aquelas que não consomem carne ou têm uma dieta muito restritiva. 
  • Ômega-3 (DHA/EPA): encontrado em peixes e que pode ser útil para o desenvolvimento cerebral e a saúde dos olhos. 
  • Probióticos: podem ser benéficos para a saúde digestiva, especialmente se a criança teve uma infecção gastrointestinal recente ou fez uso prolongado de antibióticos. 
  • Cálcio: necessário para crianças que não consomem produtos lácteos ou têm intolerância à lactose. 

Esses suplementos podem ser encontrados em pós para mistura em bebidas, assim como comprimidos e cápsulas. No entanto, algumas marcas oferecem suplementos em formas lúdicas e atrativas para as crianças, como gomas de gelatina, por exemplo. Isso pode facilitar o consumo por parte daquelas crianças mais seletivas em relação aos alimentos. 

Além de tornar o momento da suplementação bem mais divertido! 

Antes de adquirir os suplementos, você deve se atentar aos seguintes itens: 

  • Consulta médica: antes de administrar qualquer suplemento, consulte um pediatra ou nutricionista. 
  • Necessidades individuais: avalie a dieta da criança e, com o auxílio de exames, identifique se há deficiências nutricionais reais. 
  • Dosagem adequada: verifique se a dosagem é apropriada para a idade da criança ou se há outra recomendação. 
  • Marcas confiáveis: escolha marcas conhecidas e confiáveis, que cumpram os regulamentos de qualidade. 
  • Formato: considere a forma que a criança vai preferir (gomas, líquidos etc.). 

Lembre-se sempre que os suplementos não devem substituir uma dieta saudável e balanceada! Por isso, capriche na diversidade de legumes, verduras e frutas na dieta das crianças e, se preciso, sejam criativos na apresentação dos pratos para incentivar o consumo. 

Dicas práticas para pais e tutores 

dicas práticas para pais e tutores
  • Cuidado com excessos: a ideia de que mais é sempre melhor não se aplica aos suplementos. Em grandes quantidades, esses produtos podem causar efeitos colaterais prejudiciais. Por exemplo, excesso de vitamina A pode resultar em problemas ósseos, e uma superdosagem de ferro pode ser tóxica. Por isso, siga sempre as recomendações dos profissionais de saúde! 
  • Incentivar o interesse pelas refeições: torne as refeições momentos de aprendizado e diversão, envolvendo as crianças na escolha e no preparo dos alimentos. Isso pode despertar o interesse delas em experimentar pratos diferentes e cada vez mais variados! 
  • Modelar comportamentos: as crianças são espelhos que repetem comportamentos. Por isso, elas aprendem principalmente com exemplos! Adultos que mantêm uma dieta equilibrada e demonstram atitudes positivas em relação à alimentação, criam crianças que se alimentam bem. 
  • Integrar educação alimentar nas atividades: uma dica muito prática é utilizar histórias, jogos ou vídeos educativos para ensinar as crianças sobre os benefícios dos alimentos, relacionando-os a atividades que já apreciam, como esportes ou brincadeiras. 
  • Atenção especial para necessidades específicas: crianças com alergias alimentares, distúrbios metabólicos ou doenças crônicas podem exigir dietas diferenciadas. Portanto, certifique-se de que esses casos sejam acompanhados de perto por especialistas! A má alimentação pode não só agravar o quadro clínico, como também prejudicar o desenvolvimento das crianças. 
  • Comunicação entre educadores e responsáveis: se a criança frequenta creches ou escolas, informe os cuidadores sobre suas necessidades alimentares específicas, incluindo alergias e suplementos, para garantir que sejam atendidas adequadamente. 

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